ABC dos

cibercrimes

Não faltam armadilhas, esquemas fraudulentos, nomes difíceis de pronunciar. Mas saber identificar as ameaças é o primeiro passo para prevenir e saber reagir.

ABC dos cibercrimes

O ano de 2022 foi bastante fértil no que diz respeito a incidentes de cibersegurança em Portugal. Grandes empresas de áreas tão diversas como telecomunicações, meios de comunicação social ou hospitais foram alvo de ataques informáticos, com o objetivo de roubar informações importantes e, assim, obter ganhos financeiros. Estes ciberataques foram maioritariamente realizados através da exploração das vulnerabilidades das infraestruturas, roubo de credenciais e campanhas de phishing para, depois, distribuir malware e ransomware pelos sistemas informáticos.

Estes casos de grande dimensão ocuparam bastante espaço nos meios de comunicação social nacionais, porém os ataques informáticos não acontecem só às empresas, tão-pouco afetam apenas os outros. É cada vez mais importante estar informado e atento aos sinais de fraude online, uma vez que os cibercrimes estão em crescendo e as técnicas utilizadas estão cada vez mais apuradas.

ilustração de phishing

Números do cibercrime em Portugal

Segundo os últimos dados divulgados no relatório do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) para Portugal, em 2021 houve um aumento de 26% no número de incidentes de cibersegurança comparando com 2020. Alguns números importantes:

40% dos ataques são feitos através de phishing e smishing

Técnicas que recorrem ao email e SMS (comunicações falsas enviadas em nome de uma empresa, mas que não foram feitas pela mesma) para levar os utilizadores a divulgar informações confidenciais

14% dos incidentes deveram-se a técnicas de engenharia social

Um conjunto de metodologias de persuasão através das quais os cibercriminosos ganham a confiança das vítimas, levando-as assim a revelar informação sensível e confidencial

13% dos incidentes foram causados por malware

Um tipo de software malicioso concebido para prejudicar ou explorar qualquer dispositivo (como o nosso smartphone ou computador) ou rede programável

91% dos cibercrimes registados pela Direção-Geral da Política de Justiça estavam ligados à burla informática

De um ponto de vista mais pessoal, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) comunicou um aumento de 40% no número de processos registados pela Linha Internet Segura – que tem como missão prestar atendimento telefónico a todos os que tenham questões sobre o uso de plataformas e tecnologias online. Neste âmbito, a sextortion (30% dos casos) – tentativas de extorsão através de email sob ameaça de divulgação de imagens íntimas de uma vítima –, a burla (12%) e o furto de identidade (8%) foram os crimes – ou outras formas de violência – mais registados.

hacker com marioneta
hacker com marioneta
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Proteja-se do perigo

O cibercrime veio para ficar. Na era digital pós-pandémica, a maioria das empresas conduz os seus negócios online e muitos trabalhadores optaram pela via do teletrabalho, utilizando softwares e aplicações que permitem estabelecer ligações imediatas com qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo.

À medida que a tecnologia avança – e nos tornamos mais dependentes da sua utilização –, o mesmo acontece com o cibercrime e a forma como os criminosos se aproveitam de sistemas de segurança vulneráveis, e de mais utilizadores ligados menos experientes, para obter ganhos.

Embora seja cada vez mais importante apostar na segurança, muitas pessoas e empresas ainda não despertaram para esta questão, desconhecendo as ações que podem realizar para mitigar riscos, combater o cibercrime e proteger os seus dados e o seu dinheiro.

número 1

Assegure-se de que o dispositivo que usa – telemóvel, tablet ou computador – está devidamente protegido e com o sistema atualizado

Não utilize redes de wi-fi públicas para aceder à sua conta bancária ou efetuar transações

número 2
número 3

Quando aceder ao site do banco, digite o endereço, em vez de clicar em links. Para usar a App, use a que instalou nos seus dispositivos através de stores oficiais

Nunca envie dados sigilosos, como nome de utilizador, palavra-passe, PIN ou códigos de segurança, por email, sms ou outro tipo de mensagem escrita, como por exemplo o WhatsApp. O seu banco nunca pede estas informações por estas vias

número 4
número 5

Se receber um telefonema, aparentemente “do banco”, em que lhe pedem para dar informações confidenciais, não forneça. O seu banco jamais pediria dados confidenciais, como, por exemplo, dados de acesso ou códigos de segurança, numa chamada telefónica

Faça visitas regulares à sua conta bancária, para verificar se existem movimentações estranhas

número 6

Se tiver estes cuidados, é possível manter os dados pessoais e financeiros sempre seguros. Boas navegações!

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